quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fim de jogo

paulovinheiro (em compulsão)
24022011

É só confusão
Não é pra entender mesmo
Não dá pra pensar
Não é preciso
E se se pensa não pode ter base
O pensamento tem de ser raso
É você sem limites nos limites que te deram
É poesia com métrica
Verso livre violentado
É a concordância do silêncio
É nada
É tudo

Ninguém te diz o que pode e o que não pode
É a liberdade vigiada
É a sina
É o sinal
É a origem vegetal
E qual!

Nos shopings compramos roupas
Camisas-de-força sempre iguais
Livros que leem em coro os sempre iguais
Arte de massa de uma massa sem arte

Paralisantes momentos
Semáforos de nossas veias de trânsito
Neurônios sempre iguais
Respostas sempre iguais
Quando não deveríam ser

É proibido pensar diferente
Não é proibido pensar igual
Quem difere é mala, é ingua
Incompreende a marcha dos sonâmbulos

Minta pra mim, sim
Não minta pra você, não
Quando mentes eu sei
É mais fácil
É comum
Eu sei
É o falar sem culpa
É o falar sem memória
É o que é enquanto somos massa

Se vemos onde estamos sentimos nojo
Daquilo que nos transformamos
Transtornados, obsessivos, compulsivos...
Lendo sem parar
Vendo o que passa
Sem freio, sem interesse, embriagados
Inertes e alheios

Isso tem de parar
Isso, tente parar
Free, pare, pense

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