paulovpinheiro
20082011
Sabemos que é muito chato pessoas dizerem a todo momento que as coisas são assim ou não; que os movimentos sociais se desviam dos rumos que podem criar realmente a diferença; que a política nacional é assada ou cozida, e se fosse ao contrário (cozida ou assada) as coisas seriam melhores.
A natureza humana tem disso, dizer coisas que pouco causa interesse ou que pareçam palavras ao vento.
Às vezes, nossa opinião quer prevalecer, e muita vez acontece isso mesmo: nem damos tempo para os circunstantes poderem se defender.
Aqui na roça, onde nada se vê, mas tudo se percebe, principalmente, hoje em dia, onde os meios de comunicação gritam de todas as formas possíveis e imagináveis todas as verdades relativas que nos podem libertar ou enlouquecer, também temos, nem todos, preocupações com os rumos que nos levarão a destinos estranhos. Sabemos que nas cidades há gentes muito preocupadas com isso, porque aqui não?
Certamente as circunstâncias de vida são diferentes entre os dois mundos, campo e cidade.
Também, certamente, respiramos ar, bebemos água, temos impressões dos sentidos e outras coisas que são semelhantes, porém nada igual, nunca igual...
Seja onde estivermos perderemos essas características somente quando a vida se ausentar de nossos corpos.
Esta pequena digressão, esta introdução, se deve porque é um tipo de anestesia que estudei pra entrar no assunto que é o dia que vivemos.
Uma vez que o efeito já começa a ser sentido vamos a algumas perguntas.
Porque não conseguimos imaginar uma saída para o momento que vivemos?
Porque as últimas gerações foram criadas ou embaladas para pensar de uma forma não linear ou desprovida do sentimento lógico de uma base moral?
Quem ganhou com isso e qual o destino dos que se recusam a estes tipos de programas de condicinamento mental que nos faz mais robôs do que homens?
Tá certo... pensar de forma não linear, ser extremamente obediente, ser transformado em soldado de uma nova era, não é coisa pra gente que tenha sido formada na antiga escola, como a escola clássica.
As sociedades, e seus movimentos foram sendo tratadas de forma muito especial e há um pensamento não acabado, ainda em gestação, gestação avançada por certo, mas muita gente, muita gente que forma esta sociedade que fazemos parte não tem idéia do que pode acontecer.
Pensando no Brasil, uma nova opção para o mundo, uma usina de riquezas, etc... Sim, com toda experiência já acumulada nos fracassos sucessivos em se entender o brasileiro como cidadão fica o maior desafio: onde nos levará os gritos de desafio e indignação ao sentirmos que somos levados como gado ao matadouro... que reação... o que fazer?
Entendo se ainda não entenderam.
Ao refletirmos um pouco podemos perceber que esta “terra brasilis” já causou um grande impacto no mundo conhecido e que está escrito em livros de estórias – dizem história.
Toda a Sulamérica fez isto, mas sabemos o grande impacto que a nossa pátria causou no cenário econômico mundial desde o alegado descobrimento, em 1500.
Existe nestas linhas um convite: vamos descobrir o Brasil?
Porém, para ameaçar este interesse de descobrir nossas origens, foi criado um pensamento do desnacionalismo, isso mesmo, este neologismo à esquerda quer dizer que o sentimento nacional deve ser negado.
Sabe quem certamente negará isso? Negará qualquer um que não estudar um pouco da história planetária.
O importante disso é não pensar que estudaremos esta historia nos livros empoeirados das estantes; não, não é isso.
Nossa pátria - sei que estou na contramão ao dizer isto – não é uma imagem do que já vi até hoje. Brasileiros pisando suas bandeiras, a depreciação das nossas riquezas, a aceitação de uma condição inferior por não nos sentirmos honrados e sim depreciados pela nossa nacionalidade (só pode ser isso), e coisinhas que foram se somando através dos tempos.
Já se perguntaram quem ganhou com isto?
Todos os governos que até pouco tempo atrás andaram de mãos dadas com interesses estranhos à nossa nacionalidade.
Hoje se fala de um novo modelo. Já se diz que haverá um novo estado a ser fundado em futuro próximo, uma cópia da União Soviética, porém maior, com outro viés ideológico que aquele, serão os Estados Unidos da Europa.
Você já havia pensado nisso? Você sabia que isto é esperado há mais de um século? Como, se você fosse europeu, lidaria com isso?
Não quero tua opinião apenas... isso de opinião é coisa feita para os fracos. Precisamos de algo mais do que palavras emocionais.
Podemos dizer que seríamos, nesta situação, vítimas de algo maior, por certo, sim.
Você já pensou que uma elite está pensando num novo ciclo para a tua pátria? Aquela que também é minha, uma terra distante e desconhecida chamada Brasil ou Brazil. Como será o futuro dela, daqui a cem ou duzentos anos, ou daqui há cinco?
Este manifesto solitário não é um convite para as pessoas se politizarem, só.
Pessoalmente, e dou a mim o direito de falar algumas coisas pessoais, acho que a política como se apresenta hoje é um convite para se fazer apolíticos, porém desencarnando a idéia de política partidária e sim política cidadã, quais serão próximos passos daquele que pode se manifestara a qualquer momento e direr o que quer de você e de sua Pátria?
Você pode se manifestar enquanto cidadão?
Você se sente como um cidadão?
Então, qual o próximo passo seu?
O que vamos fazer?
Voltando à origem, nestes matos e serras que vivo e muitos vivemos, podemos ver sinais e sentir os cheiros que muita vez enquanto vivemos nas cidades nem suspeitaríamos; sabe por quê? Porque temos envolvimentos pessoais ainda, ainda temos algum envolvimento ideológico, porque ainda acreditamos em alguma coisa.
Vemos um mundo cosmopolita muito preocupado com as liberdades individuais e muita vez este mundo pode não perceber que pra alcançar algumas liberdades pessoais, individuais, e algumas coletivas que são apontadas de forma unidirecional, para um dado grupo, não pode, por sua forma individualista de pensar em atingir prazeres, compreender o caminho que está trilhando.
Porém, enquanto nos distraímos com tolices ou bobagens, há grupos que estão preparando expulsar você de sua pátria e te dar um presente: deixar você vivo e emprestado a um novo lugar, a tua casa, numa nova despátria, com novos códigos de leis, leis feitas por uma entidade invisível que dita aos legisladores aquilo que será a Lei.
A idéia é profunda e não cabe em quatro ou cinco páginas.
Inoculo um vírus que faz pensar e você pensa sobre isso se já está acordado para este novo fato... então saiba que mais um viu o que acontece, você.
Puseram fundo musical para um rebanho que vai para o abate.
As mídias nos distraem com grande quantidade de informação e assim entretidos, como crianças com brinquedos nos empanturramos de novos alimentos de informação e deixamos as grandes coisas passarem.
Assim é, e por mais que este texto seja impreciso ou indelicado, ou cruel para os mais sensíveis, saiba quem o lê, que a necessidade de vermos que o nosso quintal está aqui e nossas mangas tem de alimentar nossos filhos é real.
Não sou só contra a globalização, sei que ela nos destruirá, como está destruindo tudo o que toca.
Não deixe pra estudar os livros de história que contarão as atuais conquistas do movimento enGlobalizador, eles não serão escritos.
A globalização foi colocada como solução assim como o nazismo foi posto para uma quantidade de pessoas num dado momento histórico, também como solução, solução final para alguns.
As duas idéias foram inevitáveis, foram improrrogáveis, não puderam ser impedidas, porém a parte boa dos resultados ficou para as mesmas pessoas de sempre, as mesmas que esperam se transformarem no “Rei do Mundo.”
Contam-nos histórias mal acabadas.
Devemos nos lembrar da festa que foi o Jornal Nacional, da Globo, quando anunciaram o “início da crise de 2008”?
O casal fez parecer que eram atores bem ensaiados com caras e bocas, olhos esbugalhados, etc.
Precisávamos acreditar naquela fantasia conveniente para poucos.
Eu não acreditei naquele anúncio e nem o Presidente da República do Brasil acreditou, também.
A cena bem ensaiada por toda a mídia internacional, que praticamente é controlada por um pequeno grupo afinado em seus interesses, arrebentou, mas as coisas por aqui não foram assim.
Se puderem assistam o filme: “Trabalho Interno” do Matt Damon, acho que é a obra do século, tanto que ficou só uma semana em cartaz e foi logo “escondido”.
Sabem, esta nossa Pátria é mais rica do planeta Terra.
Aqui temos quase tudo o que uma Nação pode ter para se tornar a Imperatriz do mundo; até agora foi esta nossa mãe tratada como “a meretriz do mundo”.
Portugueses, espanhóis, franceses, holandeses, ingleses, judeus fugidos de todo o mundo e outros, vieram para cá e enriqueceram.
Como agradecimento à nossa Pátria por seus lucros, foi plantada uma idéia, um vírus maléfico que desajustou toda a mente de um povo que teve de se sentir incapaz de lutar por seu lugar em sua própria terra.
Não somos, brasileiros, menores que os outros, de outras terras.
Nossa pátria e nossa bandeira, fomos programados para entendê-las como símbolos de vadias e safados, que por gorjeta dão tudo o que é mais nobre de si e de seu significado. Isso causa horror, mas sim, fomos programados para aceitar a submissão e ver como natural tais aberrações.
Não vemos isto em outros povos, aqueles que foram programados para dominar e vencer. Defendem sua terra e se horrorizam de tudo que parece ser desonesto ou prejudicial a sociedade que faz parte - alguns desses povos ou etnias sentem como legítimo esfoar os mais frágeis, alguns nos veem como gado; alguns políticos locais também (só querem o teu voto, esa é a tua importância).
Perdi a fé naqueles que foram preparados para serem políticos, porque o poder temporal corrompe toda carne.
Assim também os acadêmicos que sabem, mas não sabem, que ensinam repetindo sem se darem ao trabalho de aprenderem.
Se não posso confiar em quem dirige e em quem ensina sobrou confiar em mim mesmo.
Se ousei confiar em mim mesmo e saí estudando pra poder aprender é sinal que posso confiar que a sorte faça chegar essa minha esperança em você, e você, para o seu próprio bem, pode também estudar e influir em seu meio.
Cansei de aguardar que os grandes fizessem algo pelos pequenos, eles nunca fizeram e tenha certeza que nunca farão.
Sempre existe entre os nobres o comprometimento e muitos deles estão bem comprometidos...
Há quem grite, eu prefiro berrar e assim berro em silêncio, assim, deste jeito.
Não tenho qualquer alegria em escrever o que vai aqui, porém... o que vou fazer...
Não acho bom o sentimento de orgulho pela nossa terra, isso não faz bem, fabrica gente doente. Não é disso que trata este texto.
Ufanismo por palavras é idiotice. É como aquele que diz que nossos filhos tem de ir à guerra sem ele mesmo querer fazer o mesmo.
Este pequeno texto é uma semente que pode ser acolhida ou esquecida... espero que refletida e replicada, porém com a reflexão que merece.
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