Cantando contos inglórios de um tempo difícil cantei
Acrediteide mim muito mais que fui capaz de dizer
Acordeitão tarde Oh! Como dormi ou fui incapaz
Temodizer o que todos sabemos, mas não ousamos,
Eao fazê-lo, afastar mais e mais quem quisesse vir
Certascanções devem ser em corais e não pouca voz
Atualmenteé maldade escrever o que vai por dentro
Vejamossobre uma terra rebelde que repele o mal
Pessoasque podem fazer sem saber como fazê-lo
LembrandoCastro Alves que de sua praça bradava
Convidandoseus passantes a derrubar barricadas
Opoeta é um tanto insurgente, um tanto subversivo
Poeta,devemos nos lembrar que podemos incendiar
Algumaspalavras na hora certa e de forma apropriada,
Comcalma, faz chover no estio ou pára tempestades
Nãonos esqueceremos dos vilões da história recente
Nãohá poesia na vilania, mas sim, na resistência há
Quantacoisa se pode dizer, sem dizer rasgadamente
Aspalavras podem ser como um gesto antes da ação
Essegesto pode ser mais efetivo que a mesma ação
Ofato e a imagem do fato, um fato caleidoscopizado
Cadaescrita com as suas dissonâncias e maravilhas
Dependendodas narrativas, do cronista ou do poeta
Amesma coisa, o mesmo tema, com tantas variações
Precisamosde mais tradutores, pessoas com coragem
Ahistória com sua tradução no ato do acontecimento
Amelhor crônica é aquela que busca mais que sentidos,
Cravana memória um tanto que jamais será esquecido
Àsvezes nos dói tanta timidez como a demonstramos
Sertão sutil que se faz imperceptível é mais defeito
Queaquele que fala demais sem ter quem o ouça
Saberque poesia não é falácia, pois tem que ter senso,
Faz-nosem trabalho de estudo e análise muito intensos
Detal forma que deixa na história determinada marca,
Indicadorque pode dar trilho a mais e mais poetas,
Queescreva ou digite ou que for que faça, mas que grave
Naspáginas, coração e mente, algum fato que a (a)tinja
Quefaz tremer o abominável que na ignorância se oculta
Nãoduvide que com alguns traços muito podemos mudar
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