Neste 10, nestas 12, de um abril seco
Perguntar carece o motivo de se os ter
Os porques dos motivos são necessários
Quantas regras e leis e proibições
Caetanamente “É proibido proibir” e fim
Vejo as formigas marchando em fila
Vejo as abelhas em completa ordem
Vejo os bois em ala nos pastos
Vejo cegos, vejo surdos, vejo mudos
Quem ganha com a corda curta?
Dizer que somos mais civilizados?
Que nossas legislações são melhores?
Que somos mais inteligentes e tal?
Explica como somos mais prisioneiros!
Não é questão mais de educação só
Não a que é destinada a massa, hoje
Hoje há se ter leitura digerida
É proibida a interpretação individual
Algo mais profundo horroriza
Sempre se exige mais a forma que o fundo
Ao se pedir sentido se deixa magoado
É polido ser grosseiro, vazio, agradável
Leituras passa tempo, entretenizantes
Os neurônios devem ser anestesiados,
Impedidos de se exercitarem
Assim se faz a arte do caos
Cultura, coisa que pode dignar uma sociedade, foi colocada num papel secundário. Quem dá atenção a isso? Ou melhor, o que é isso? É algo que se coma? Ela tem cheiro?
Cá em minha serra, quando visito a civilização, fico horrorizado.
Exige-se economicamente aquilo que deveria ser conquistado por exercício de cidadania real e cultura.
Mas quem se preocupa com isso? Já aceitamos nossa punição pela negligência. Aceitamos tantas multas de trânsito, tantos custos extras, pois isso é mais barato do que tomar atitudes.
Muito se fala de “terceiro setor”.
Entendo que a melhor manifestação que alguém pode fazer é promover cultura. Pura. Sem outra função que esclarecimento com sensibilidade.
Percebemos que o estado letárgico dos homens e suas relações são parecidas àquela do boi marchando para o abatedouro. Vê o que acontece e não compreende que pode interferir com alguma manifestação – entendo que não somos bois e o que você entende?
O mais certo é ir para casa e ligar a televisão e ficar embriagado sem beber uma só gota, ou drogado sem ter consumido nada químico.
A coisa mais perigosa numa sociedade é uma ideologia fora do aceitável na programação, então, o sistema cria situações que nas grades televisivas e nos moldes da internet, o cidadão do mundo tenha aquilo que precisa, não para si, mas para que se farte e não encha o saco com pensamentos independentes ou subversivos.
É proibido proibir.
Você também navega? Nos endereços de busca você tem notado que as informações "perigosas" tem sido retiradas? Retiradas pra conforto de quem? O que é perigo?
Perigo é você ter informações suficientes que te levem a pensar independentemente?
Sabemos que a história oficial, essas que temos de repetir e optar com um x nas provas que se nos apresentam, não é real. Se a história passada não é real, a que será escrita nos livros no futuro também não será. O que isso tem de importante? Nada! Tudo!
Exemplo: procure na grande rede informações sobre o Fernando Collor de Melo e veja no que vai dar... nada comentarei sobre isso, deixo pra você.
Se você ainda não foi tocado pela inconformidade, bom, não sei como você chegou até esta parte do texto; talvez por eu ter te iludido com uma introdução em versos e isso faz mais charmoso um texto postado; então eu te enganei.
Se já desconfia de que esta perfeição é apenas a execução de um programa que serve a mais de um fim, ops!
É importante saber que somos enganados o tempo todo, inclusive por nós mesmos.
Juramos amor eterno por pessoas que nem conhecemos direito (e até quem conhecemos) e isso com muita sinceridade. Acreditamos nas juras que nos fazem. Estes são casos de fraqueza.
Enquanto isto radares desregulados e contratados de forma muito especiais dão o preço de nossa docilidade. Assim as portas ficam abertas para que o cidadão seja estimulado a trabalhar mais e mais ou que use a “criatividade” para poder parear com as inteligências oficiais que precisam de arrecadação, custe o que custar e a quem custar.
Certamente há algo mais difícil de dominar que é o meio que nos mantém dóceis e permeáveis e domináveis que estão nas diversas formas de programação e reprogramação mental.
Só isso explica a passividade frente a tantos escândalos em tantas esferas da vida brasileira.
Então, por quem serve o porquê?
A quem serve o motivo?
Qual é o motivo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário