Pó de estrelas espalhadas num céu coberto de belo breu
Convida eu e tu desaluados contemplarmos o que sobrou
E na bruma do são juízo confundirmos o que é meu e teu
Contemplando a linha translúcida da ocasião que se perde
Que se funde aqui num tempo que não é nosso ou existe
E a relatividade da luz sob a nova se esfuma ao aguardar
O renascimento da crescente que minguará após a cheia
Disso tudo a certeza de que o poeta procura a reinvenção
Com a estúpida esperança de criar sem jamais se repetir
Como fosse importante assim a originalidade do produto
Neste momento podem ser quatro olhos fechados ao céu
Se escolhermos apenas distinguir os contornos cintilantes
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