terça-feira, 5 de junho de 2012

Nebulosa - 2012-06-03


Pó de estrelas espalhadas num céu coberto de belo breu

Convida eu e tu desaluados contemplarmos o que sobrou

E na bruma do são juízo confundirmos o que é meu e teu

Contemplando a linha translúcida da ocasião que se perde

Que se funde aqui num tempo que não é nosso ou existe


E a relatividade da luz sob a nova se esfuma ao aguardar

O renascimento da crescente que minguará após a cheia

Disso tudo a certeza de que o poeta procura a reinvenção

Com a estúpida esperança de criar sem jamais se repetir

Como fosse importante assim a originalidade do produto

Neste momento podem ser quatro olhos fechados ao céu

Se escolhermos apenas distinguir os contornos cintilantes

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