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Já nem falo, pois explicar me dói
Procuro as sombras pra mais ver
Os discursos do silêncio serão precisos
Pra dizer melhor tudo que já disse
Um som seco e rubro e negro e mais
Diz que chegou a hora do adeus
Numa estação cheia de nadas
Gentes vazias e sem sal
O grande abatedouro se abre
Seguimos impotentes o mestre
Aquele que nos veio salvar
Salvar de que? Será?
Subverteram Deus num cartão
E em vez de holocaustos e sacrifícios
Nos basta pagar a fatura
Pois divino é quem nos dá o pedido
Nas igrejas pedimos as coisas do chão
Nos shopings compramos as coisas dos céus
Nossas casas cheias de vazios
Nossas cabeças vazias de razões
Fugir de tudo pra nada encontrar
Voltar à origem daquilo que não é
E o que sou? Sou o que sou
Afinal, quem seria?
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