terça-feira, 24 de maio de 2011

Afeto

paulovinheiro
11052011

Soltei as amarras e me vi a toa
Perto do porto e cheio de mim
Me vi tão grande que não me coube
Assim me despeço em despedaços

Soube haver esperanças do lado de lá
Lá, de cá, de outro lugar não ouvi
Assim me parto e vou sem amarras
Espero a sorte que não achei aqui

Esperança é um nome bonito
Nasce em um momento fortuito
Entre os gemidos da dor e erros
Nunca mais eu quero voltar

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