Uma
sucessão de palavras
Ásperas
macias, quentes frias
Salgadas
doces, noites dias
Grandes
pequenas, brancas negras
Formando
a vida e a poesia
Desafiando
o possível até o limite
Até
que desalente a fantasia
Uma
porta aberta leva as palavras
Leves
as palavras voam soltas
Há
quem as junte, quem dê sentido
Um
bêbado do bê-a-bá
Contador
de letras
Caçador
das palavras perdidas
Você
ou eu quando escreve
Um
sentido que alucina e lancina
Outra
forma de ver o vulgar
Explica
e dá sentido à sombra
Quem
vai ou quem vem de algum lugar
Ensina,
divulga, assombra
Canta
e conta o chão que se pisa
E
faz mais macio o caminho
Ilumina
com poesia
O
poeta é um herege
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