quarta-feira, 11 de abril de 2012

Holocausto sacarino - paulovinheiro – 04042012

Às vezes é branco, às vezes é mascavo, um dia ele tem que acabar.

É doce ou amargo? Hoje doce, amanhã muito amargo, esta é a certeza.

Cativos dos açucareiros seguiremos nossas vidas muito curtas e doentias.

Como algo tão bom, pode ser tão mau; delicioso, desagradável; objeto, abjeto?

É o produto que justificou a escravidão negra e que delicia gerações até os dias de hoje.

Ele sobrecarrega as vitrines com tantas moscas e hospitais com tantos doentes.

O açúcar é alimento ou apenas uma substância psicoativa aceita socialmente?

O alimento deve ser comível, ser digerível, e ser nutriente; a sacarose não é.

Quando muito energética, bomba calórica, patogênica, incapaz de alimentar.

Aos sacarômanos, antes que abandonem esta leitura, peço paciência.

Devemos nos perguntar o porquê é tão difícil parar o uso dos açúcares.

Porque nos sentimos desconfortáveis apenas ao imaginar a vida sem açúcar.

Para que a minha chatice seja efetiva este é o maior desafio que faço:

Quanto tempo você acha que conseguiremos ficar sem consumir açúcar?

Quem ganha com a nossa sucro dependência? Você não acha isso importante?

Alguém ganha dinheiro com o seu prazer e outro com sua doença.

O controle acionário das mesmas empresas podem ser de uma única pessoa.

Qual o interesse de você saber disso?

Se você não se sensibiliza... olhe à sua volta... em sua casa.

Nada contra o mel, o melado...

Na poesia o amor e o mel são parceiros, o açúcar não.

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