sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quase verdade - 2012-04-18

paulovinheiro.blogspot.com

Um sorriso, um aperto de mão, o mundo

Amanhã nos veremos e acertaremos tudo

Amanhãs vem e vão e não há amanhã

Simpatias da sedução, um golpe certeiro

Palavras seguidas de espaços vazios

Noite feita dia e sombras cortadas de vãos

Um milhão de senões não é a verdade

Talvez ilusão de momento ou esperança

Assim se cose uma expectativa inútil

E esse ensopado de nada serve... para quê?

Pois é, assim é o dia da incerteza

Ele se repete e teremos de nos conformar

Entre goles de café reticências deformadas

Entre companhias por hora inevitáveis

Seguimos rumos tortos em linha certa

Aguardamos o dia da libertação tardia

Acordamos deste sonho, pois o mundo é este

Aqui vivemos e nossa inocência pede esta pena

Sabemos, os que sabemos, que é inevitável

O mais importante é mantermos a atenção

Por fim, isso por que há um fim

O muro de pedra

A poça de água

O silêncio enfim

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