quinta-feira, 5 de abril de 2012

Um espaço em branco - paulovinheiro – 03042012

As minhas palavras procuram ouvidos

Sem asas se esparramam pela página

Rápidas, cromáticas, incertas e ávidas

Divulgam o conteúdo qual a folhagem

Elas vem das raízes, expressando azul

Ao seu modo, de todo modo, serenata

A mais cândida de todas as estruturas

Aquela que diz o que aspira pronunciar

A percepção da intenção por via verbo

Por só lê-las as ouço e isso me enleva

Como é boa a consonância das formas!

Imaginação simples em aspecto escrito

Minhas asas rápidas divulgam as raízes

Modo cândido que aspira minha intenção

Tudo começa e finda pela branca página

Por total desconhecimento do conteúdo

Pelo consentido esquecimento após tê-lo

Pois a cada dia damos espaço a espaços

Quais no outro passamos a preenchê-los

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