Trilha nova em chão alheio.
Lua clara fazendo sombras.
Cabeça cheia de fantasias.
O medo foi embora; descabe.
Ando entre paus sem nome,
entre flores perfumosas,
entre jardins da natureza,
ante estrelas em botões.
Aqui destoo dos meus dias,
amargos pingos fugidios.
Embaraços do destino
disparam em desatinos.
Teimam na lembrança
e na noite cheia de luz
insistem na dor daquela,
uma tal realidade
ando olhando para frente
lamento não saber dizer
dizer tudo o que sinto
e afogo na natureza o mal
o mal só meu, o veneno
que maturei em esquecer
que a minha casa é aqui
entre as selvas de mim
isto é um flagrante delito:
me esqueci de mim...
como lembraria de você?
amar um meu bem, assim?
mentir de Deus, sei sim
não me conheço a mim
como conhecer você?
parar tudo e recomeçar
por isso vim para a estrada
pode ser que nem dê em nada,
mas começar por algum lugar
é melhor que só reclamar.
já quem já perdeu a esperança,
baixou a cabeça, se sepultou.
juntando as minhas letras
faço algumas pontes até sumir
Nenhum comentário:
Postar um comentário