Engasgado no Éden - 16042013
Em tufos de fumaça que rolam
Em ondas de desinformações
Querências tolas entre bombas
Que explodem entre multidões
Maratona desengonçada partiu
Pedaços de mim e minas gerais
Atravessou a sala e já sumiu
Esperando manchete de amanhã
Não engulo tanta notícia vil
Não sinto medo por estar vivo
Apenas não respiro mais, engasgo
A repetição contínua e histérica
Não sinto medo da morte, morro
Só assim, morrendo a cada dia
Só assim, sobrevivo, sobrevôo
Sobre a vida à toa atolam olhos
E a tv não te vê, faz ver que há
E mesmo não havendo sugere
E conta que faz um faz de conta
E tanta gente tonta despetala
Enterrados em rasa vala resvalam
Revelam seus sonhos toscos mais
Entremeados reclames vendem
Entre meados de maio que virá
Abril, a porta do outono no sul, assim
Que da prima Vera do norte medeia
A esperança da flor atômica e verde
Das florestas frientas do mar sem fim
Querem nosso medo, assim se fartam
Como se nosso medo fosse barato
Mas é barato sim e cara a ignorância
Mas a mais procurada em nosso jardim
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