quarta-feira, 5 de junho de 2013

A sombra - 05062013


A sombra


Que me dizes!
Tantas coisas!
O que ouço!
Coisa alguma.
Alguma coisa me diz que não sei o que queres.
Repita... De novo... Até te cansares.
Quem sabe eu veja, por acreditares, como eu acreditar.


O que vês na escuridão?
Por que não tens medo de tropeçares?
Eu tenho medo, muito medo!
Por aí não vou, não.
Vai que me perco... Vai que tu sumas... O que farei?
Por fim, eu nem pensava nisso... Em mudar de mim.
Tá bom! Não preciso de mais nada. Sou feliz.


Há quem diga que sou feio.
Há quem diga que sou manco.
Há quem diga o que quiser...
Estou aqui há muito.
Nunca chamei ninguém e nem chamarei.
Queres me distrair? Que venha, é barato.
A não ser que eu ganhe algo, agora, amanhã te esquecerei.


Não quero te tirar a coragem, mas há tantas coisas na vida que podem ser mais valiosas que investir em quem não quer.
Veja que as coisas se resolvem, elas sempre se resolvem.
Há várias formas de fazer e de fazer fazer. Uma delas é deixar estar, é mesmo...
Não fique alegre, nem fique triste... Fique atento!


Alguém disse que a melhor forma de pensar é não pensar.
Mor das vezes, a gente pode deixar o gado escolher o pasto, e fim.
Quando for necessário a gente separa o gado que interessa do que se cuidará sozinho.


Nem alegria e nem dor.
Ser como o fazendeiro de formigas.
Até um dia elas pensarem por si.


Antes disso fazemos nosso trabalho e deixamos quem quer se divertir que se divirta.


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