corre entre as pedras feito água
a palavra fica sem jeito quando para
sem sentido como num livro que ninguém lê
sem palavras
livros correm entre os homens
palavras se perdem entre linhas
poesia que se desencontra
líquida translúcida vertida
símbolos em papéis espalhados pelo vento
coelhos assustados pulam no mato,
somem, sem motivos, só o medo de ser,
ou nem ser, e pra que motivo seria
negar, negar, até se sentir completo
assim como quem já foi estrada afora
desmedidos cuidados esquecidos
imagens desfocadas do que se supõe
imagens poéticas, desbotadas lembranças
incertas certezas que gritam nuas
olhos que ouvem e saboreiam lentos
os sentidos que o poeta descreve
...
lágrimas na chuva, quando chove...
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