Existo
02-06-18
Hesito, penso e
sofro
sem medo e sem
sentido
eu me grito
metamorfo
na selva que me
cerca
me cerco do que vejo
a sobra de tudo se
perde
tropeço nas curvas
ao norte
reduzo, piso, subo a
serra
chego onde não quis
ir
o horizonte abre e
eu me perco
um vento frio me
fere
a retina se furta
entre mim e o
infinito
o real e o
fantástico recheiam
um desconhecido...
aflito
a fuga, o lobo, a
pulga
o vento a beliscar a
face
o frio a cortar a
mente
fatias que caem no
chão
pedaços não
voltarão
um tudo, um nada
fatais contos
urbanos
me lembram horrores
me aprazem contos de
fadas
agora, já, não
penso
logo, agora, já,
existo
Nenhum comentário:
Postar um comentário