A
imensidão dos segundos que passaram dá lugar a eternidade dos que se
aproximam.
O
ar preso enquanto inspiro é testemunha do descontrolado coração
Aflito,
na plataforma de uma estação de um trem que não vem, ouço os trilhos mudos
Amor
de homem, aquele calado, sem festas, contido, preste a enfartar (ou fartar?)
Espero
meu amor sem sombras, sobre rastros de aço, sobre as fibras da luz
Antes
do enlace de braços pressinto o perfume da presença futura, aqui, já já
Ouço
sua aproximação, a sua doce presença, o chão treme... locomotiva
Sanamente
estendo os braços como se fosse tocá-la, que hilário
Os
vagões sopram um hálito que com meus olhos fechados recebem como seu
Ele
pára e eu lanço meus sentidos para, também, ouvir seu sorriso
Másculo
amor canta silente, é intenso calado, quando chega é universal
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