quarta-feira, 14 de março de 2012

Amor-dos-homens – paulovinheiro – 14/03/2012


A imensidão dos segundos que passaram dá lugar a eternidade dos que se aproximam.
O ar preso enquanto inspiro é testemunha do descontrolado coração
Aflito, na plataforma de uma estação de um trem que não vem, ouço os trilhos mudos
Amor de homem, aquele calado, sem festas, contido, preste a enfartar (ou fartar?)
Espero meu amor sem sombras, sobre rastros de aço, sobre as fibras da luz
Antes do enlace de braços pressinto o perfume da presença futura, aqui, já já
Ouço sua aproximação, a sua doce presença, o chão treme... locomotiva
Sanamente estendo os braços como se fosse tocá-la, que hilário
Os vagões sopram um hálito que com meus olhos fechados recebem como seu
Ele pára e eu lanço meus sentidos para, também, ouvir seu sorriso
Másculo amor canta silente, é intenso calado, quando chega é universal

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