segunda-feira, 19 de março de 2012

Que nada - paulovinheiro - 17-03-2012


Acordei cansado... por não dormir direito... por sonhos complexos e incompreensíveis.
Fiz muros a noite inteira.
Fechei todos os vãos que davam passagem até mim.
Fiquei isolado e não compreendido, inclusive por mim.
As luzes que iluminam a noite apagam meus sentidos.
Deito, levanto, reviro... e os pensamentos lá... parados, me esperando.
Já se faz tarde e ainda durmo e durmo.
As imagens chegam como se fossem sonhos e nesses meus dias de trabalho as assisto.
Separo as imagens do dia das da noite, e só assim entendo sonho e realidade.
Talvez eu não seja tão bom em separar uma coisa da outra.
Talvez nem saiba quando é dia ou noite, viver no limite é assim.
Ao amanhecer, ou ao entardecer, a transição da fantasia para o que não é... É.
Realidade é coisa que apavora. Quem a quer? Quem, de verdade, procura por ela?
Ninguém quer saber como ou o porque.
Todos queremos o fruto ou o sabor, nada mais.
O que de verdade assustaria as pessoas é que nada existe... da mesma forma que tudo existe.
Na forma de entendimento que temos, ou nas nossas confusões, tudo e nada são iguais.
Quem sabe a noite acabará quando o sol nascer?’

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