Tomar
uma cocacola, adorando, ingenuamente
Ir
ao maquedonalde num fim de tarde e talvez comer
Ir
ao teatro e assistir mais que uma peça
Ler
Amado, Oswald, Saramago e se alimentar
Ouvir
uma tirana a nos cantar sem encantos
Dobrar-nos
às ordens de um tio distante
Darmos
atenção à infâmia do dia
Mentiras
que diminuem o nosso tamanho
Entendo
que não entendamos os porquês
Ignorar
os porquês é importante
Não
viver alienado ou alienante
Instrumentos
do indizível abandono
O
nosso destino é o abandono programado
Para
repetirmos aquilo que ouvirmos
Para
vivermos a mentira ditada
Acreditarmos
num salvador que não virá
Transformaram-nos
ateus e foi escolhido um novo deus
Aquele
que adoramos e adoraremos
Nos
dias escuros e noites em claro
Dobrados,
insanos, dementes... nos querem
O
que queremos? Ninguém se importa
Você
se importa? Mesmo? Será?
Não
fomos criados para pensar
Afinal
pensar cansa e temos quem pense por nós
Para
que nascemos? Pra que nasceu todo esse gado?
Garantidos
estão os votos e os consumidores, só
Não
servimos a nós mesmos e sim ao novo deus
Incorpórea
figura quem dita as regras e nos amaldiçoa
Enquanto
isso no reino da pastelândia
Nos
McColas da vida e da morte
Recolhendo
os mortos entre os fracos
Há
quem pense em você e em mim
Será
você também?
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