Como
quem perde a liberdade quer ver
Como
busca a fresta que se abre na parede
Como
cala e desespera quem desencanta
Mãos
na cara abrem os olhos
E
distingue entre cromas
A
visagem daquilo que não foi
Regatos
correm no mapa de minha cara
Pele
trincada como o solo sequeiro
Na
fronteira da vida vejo a descontinuação
Pela
liberdade reforcei as barras da prisão
Quando
será o dia que me desapego?
Quebro
minhas correntes e me repedaço
Junto
minha alma à minha vida
E
saio inteiro desta gaiola de ilusões?
Quando
lerei exatamente o que foi escrito?
Quando
a fantasia deixará de me perseguir?
Pois
não há grades, nem lágrimas, nem nada
Acreditei
e me consumi
Procurei
e me perdi
Busquei
por mim fora de mim
Devo
perfazer caminho contrário
*
o titulo se relaciona ao nome de letra de uma das musicas de Ze
Ramalho
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